Meu dia em 318 palavras...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

             ... é chegada a hora de repensar a educação que está sendo oferecida às crianças do nosso país. Hoje fui aplicar um programa da Junior Achievement na escola estadual Artur Azevedo. É repugnante o descaso dos governantes com a educação. Não há UM ÚNICO ventilador nas salas, não há lâmpadas nas salas, não há torneiras nas pias do banheiro, não há descargas nos banheiros, não há nada na escola. Os alunos imploram para serem liberados mais cedo porque além de não ter merenda escolar, não há também lanchonete pra “matar” a fome das crianças. Crianças do 6º ano mal sabem ler. Realizar operações básicas de matemática, então... Sem falar na "água" que passa muito longe de ser potável!
Saindo da escola presenciei uma cena típica de bullying. Uma roda de crianças atribuindo os mais diversos apelidos à uma menina. Isso por ela ser gordinha. Ela corria atrás dos "colegas" para agredí-los e estes, por sua vez, só aumentavam o número de xingamentos. Aí algumas pessoas irão dizer: "Isso é coisa de criança! Toda criança faz isso!". O problema é que eles esquecem que os traumas não ficam nos agressores. Uma menina como essa vai levar pro resto da vida o trauma que sofreu quando criança.
É bem verdade que muitas irão superar esses momentos. Contudo, outras tantas vão ser eternamente atormentadas por esse fantasma. Aí, quando aparece um sujeito como o de Realengo, os agressores são os primeiros a apontar o dedo e pedir a crucificação do “psicopata”. Concordo que os traumas da infância não justificam tal massacre, mas EXPLICAM o mesmo.
Colocar a cabeça de alguém em um sanitário e dar descarga nunca foi brincadeira de criança! Depois não queiram exigir "padrões de normalidade" de pessoas traumatizadas pelo bullying! Meus filhos serão educados a respeitar os outros de forma igual, sem discriminações. Meu colega é diferente? Você também é, meu filho! Respeite-o como você gostaria de ser respeitado!